Olá pessoal...
Neste ultimo feriado de 15 a 18 de novembro estive na Serra
da Canastra para conhecer alguns de seus pontos turísticos.
Na quinta-feira por volta de 7:30 da manhã saí de
Piracicaba-SP debaixo de uma leva garoa, mas que logo foi embora e revelou um
dia maravilhoso.
Segui até Mogi Mirim onde encontrei com mais 8 amigos, são
eles, Guto (DL-1000), Zé Glauco (BMW 1200), Gordinho (BMW 1200), Valdir
Bertelli (Tiger 955), Leandro e Esposa (Tiger 955), Pedro (HD V-Rod), Álvaro (Super
TENERE 1200), Guidetti e Esposa (DL-1000), bonde acertado rumamos para
Delfinópolis-MG, chegando lá por volta de 13:00 hs.
Na sexta-feira pela manhã como a maioria do pessoal iria
para o passeio de chalana por asfalto, saí um pouco mais cedo para percorrer os
104 km de terra com uma certa tranquilidade. Apesar de toda a chuva que caiu na
quinta-feira no final da tarde e a noite a estrada estava razoavelmente boa e
com pouco lama.
O passeio de chalana pelos Cannyons sairia as 14:00 hs, eu
cheguei no local as 13:15, ainda deu tempo de comer uma bela Traíra no
Restaurante do Turvo.
Passeio de chalana magnífico, lugar lindo de se apreciar,
companhia de amigos excelentes e da melhor qualidade, apesar uma coisa que me
deixou um pouco triste é que o nível de água da represa está em torno de 10 metros abaixo que quando fiz este
mesmo passeio em 2009, mais em que nada tirou o brilho e o encanto do lugar.
Recomendo a todos um dia fazer este passeio.
Somente no final da tarde quando a chalana retornou a terra
firme foi que consegui o primeiro contato telefônico para falar em casa pois
nos lugares onde passei não tinha nem sinal de celular de minha operadora que
se diz sem fronteiras. Ahahahahahah
Todo o pessoal retornou a Delfinópolis e como eu queria
conhecer um pouco mais da Serra da Canastra optei por dormir em São João
Batista do Glória que ficaria bem próximo do acesso ao locais que iria no dia
seguinte.
Chegando em S. J. Batista do Glória, não encontrei nenhum
Camping próximo, e como me recusei a pagar R$ 120,00 para somente passar a
noite em uma pousada seguir por mais alguns 15 km para procurar o Sítio Santo
Antônio onde me informaram, teria um Camping, mais depois de rodar muito, com o
dia já terminando e a noite vindo, não achei o referido sítio. Perguntei para
um pessoal de moto que encontrei e fui informado que o Sítio a que eu procurava
estava uns 8 km para traz, eita.... passei direto. Bóra tocar mais pra
frente.... ahahhaah
Acabei acampando no Sítio da Cachoeira do Facão por
indicação de um rapaz do Vale do Céu.
Camping bem simples, somente eu no local, acabei de montar a
barraca e já estava escuro.
Subi até a casa do senhor que havia me recepcionado para lhe
perguntar se havia alí algum lugar para jantar, mas foi aí que ele me informou
que quem fazia a jantar era sua filha em uma casinha lá embaixo na estrada. Mas
aí concluí o seguinte, 3 km para descer e mais 3 km para voltar ao camping, a
estrada não era ruim, apenas com uns bolsões de areia, mas rodar isso a noite
eu não estava mais afim não, então decidi e informei ao Sr. José que não iria
jantar pois não estava querendo andar mais de moto a noite por aquelas
estradinhas.
Foi nesse instante que recebi o convite mais agradável da
viagem. O Sr. José Cassimiro me convidou para jantar com ele e sua família, ali
mesmo em sua casa, mas que informou que seria um jantar simples com arroz, feijão, bisteca e salada. Convite
aceito, fui convidado a entrar em sua casa, gente simples a qual admiro muito,
pois a simplicidade e o carisma é algo maravilhoso em uma pessoa. Família
linda, todos reunidos na mesa para o jantar, que, diga-se de passagem, estava
maravilhoso. Comida mineira de verdade.....
Fiquei alí conversando e nossa proza foi até as 23:00 hs,
muitos “causos” de onças e lobos que pegam as criações.
Na manhã seguinte sai por volta de
7:30 e segui rumo a Babilonia para subir a Serra Branca, caraça.... O que é
aquilo, a Serra Branca é muito punk. Eu sozinho de DR800 carregadas e com malas
laterais.... Avistei um trecho muito ruim, acelerei e passei, pensei, - Ufa
passei o pior. Depois de uma curva a coisa piorou mais ainda, acelerei e
passei, e isso se repetiu mais 2 vezes. Quando cheguei lá em cima
pensei... –Tomara que eu ache o caminho
pois descer isso nem pensar.
Tirei algumas fotos e segui para a parte baixa da Casca d’anta,
nesse caminho tem muitas porteiras, que para se passar temos que abrir e depois
fechar. Em uma dessas porteiras parei a moto funcionando desci abri a porteira
e ouvir CRASHHHH, ao olhar para traz lá estava a DR jogada no chão. Ahahahah O
descanso lateral afundou na terra e moto foi a chão e a bolha se espatifou em
um barranquinho, não estragou mais nada, nem manete de embreagem, retrovisor,
seta, nada... Somente a bolha. Fiquei chateado e P. da vida pois passei por
toda a Serra Branca um lugar “duca”e derrubo a moto sozinha. Hahahaha. Mas
fazer o que né. Só acontece isso com quem anda de moto.
Chegando na parte baixa da Casca d’anta a visão é
maravilhosa, a cachoeira é enorme e linda, uma vista de tirar o fôlego, algumas
fotos e borá andar de moto.
Estava indo pela estradinha aí olhei ao longe e vi um
moto. – Ué, parece uma DR800. E não é
que era mesmo... O cara parou ao meu lado e perguntei. – O que é essa DR
perdida aqui na Canastra??? E para minha surpresa era o Adriano Pinter.
Integrante do Clube DR800, não conhecia ele pessoalmente e ele nem sabia da existência
desse meu passeio, foi tudo uma grande e maravilhosa coincidência DR 800 já
coisa meio rara e encontrar uma por acaso e na Serra da Canastra, isso foi
fantástico.... Valeu Pinter!!!!! Ele
estava passeando com a namorada pela Canastra e também igual a mim, barraca na
moto e sem destino. Não existe coisa melhor que isso. Tiramos algumas fotos
para registrar o momento e seguimos cada um o seu caminho. Ele para a parte
baixa da Casca d’antas e eu para São Roque de Minas para visitar a Nascente do
Rio São Francisco e a parte alta da cachoeira.
Comi um salgado com uma Coca nem Vargem Bonita, echi o Camel
Back com água gelada e lá me fui para São Roque, mais fotos...
Subi, subi e subi e cheguei até a portaria do parque da
Serra da Canastra, paguei a taxa ambiental de entrada no parque e quando fui
dar partida na DR, nada, nem o painel acendia nada. Tira banco verifica aos fusíveis
e nada. Conclusão... Com a vibração o cabo da bateria se soltou, tudo apertado
e já se voltou 100% ao normal.
Segui até a nascente do Rio São Francisco, um imponente e
importante rio brasileiro, gostei muito de visitar sua nascente. Logo depois de
uma breve visita à nascentes segui para a parte alta da cachoeira.
Mais uns tantos kilometros por terra e passando pelo Curral
de Pedra cheguei à parte alta. Muita gente, muitas 4x4 e muitas bicicletas
também. Ali fiz algumas fotos e depois pulei na água, gelada mas uma delícia já
que estava um sol de torrar coquinho.
Eu queria ir até Sacramento mas na empolgação de sobir e
conhecer tudo lá por cima, não abastecia DR e meu combustível não seria
suficiente já que em Sete Voltas não tem abastecimento. Então algumas atrações
ficarão para uma próxima oportunidade.
Depois de visitado tudo lá por cima voltei a São Roque de
Minas enchi o tanque e resolvi voltar a Delfinópolis, passar a última noite com
a turma da Big Trail. Mas isso agora seria feito por asfalto, chega de terra,
foi o que pensei, mas estava enganado. Passei por Piumhi, Capitólio, e no
Restaurante do Turvo de onde saiu a Chalana no dia anterior. Mas chegando na
entrada do caminho de S. J. Batista do Glória não resisti, toquei por terra
novamente e lá se foram mais 104 km de terra até Delfinópolis. Cheguei lá no finalzinho
da tarde e ainda deu tempo de tomar várias geladas com o pessoal.
A noite fui jantar com os amigos e dar muitas risadas, os
caras são uma figura, obrigado por me permitir suas amizades.
No domingo tomamos café da manhã e saímos cedinho, pois
minha intenção ainda seria chegar em casa para o almoço. A tocada na volta foi
fantástica, todo mundo no mesmo ritmo e andando igual. Perfeito. Cheguei em
casa por volta de 13:15
Gostaria de deixar aqui meus agradecimentos aos amigos de
estrada, amigos de geladas, amigos de bons papos, etc, etc, etc.
Até a próxima, espero que não demore muito......