terça-feira, 6 de setembro de 2011

3º Dai Puerto Quijarro/BOL a San Jose de Chiquitos/ BOL - 378,6 Km

Hoje o dia começou “bem”, acordamos cedo e após o café da manhã seguimos para a imigração, mesmo antes de abrir lá estavamos nós… Após os tramites da imigração seguimos para a Aduana para fazer a entrada das motos na Bolivia.
Tudo isso foi razoavelmente rápido, depois disso seguimos para a policia de transito para fazerem uma permissão de transito durante nossa estadia na Boliva.
Eram dois policias com uma máquina de escrever velha em uma salinha suja e quente e uma mesa de buteco, demorou mais de uma hora para o “oficial” datilografar, as 5 folhas, e o mais engraçado é que ele nos deu um formulário original e nós mesmo é que tivemos que tirar as cópias, 10 no total, só que 5 ficaram com eles, os caras não tem nem formulários para trabalhar. Com 100 bolivianos a mesmo cada uma (cerca de R$ 30,00) seguimos viagem, isso foi o que nos foi cobrado pelo agente policial por cada documento, totalizando 500 bolivianos, com certeza ele ganhou o mês com essa combrança, pois tenho quase certeza de que não seria necessário pagamento de nada.
Pegamos estrada pra valer mesmo por volta de 11:00, (lembrando que nós estamos 1 hora a frente do Brasil por causa do fuso horário), logo depois de 20 Km fomos parados novamente. Pensei eu, “La se vão mais bolivianos$$$”, mas não, foi apenas solicitado nossos documentos e seguimos viagem.
Fiquei impressionado com a quantidade de animais na pista, é cabrito, carneiro, burro, gado, cavalos, etc. O negócio é de assustar se bobear um pouco atropela um bicho. E ali sem recurso ou assistência alguma qualquer acidente por menor que seja vai se tornar um problemão.
A estrada está um tapete para se andar de moto, o piso é concretado ao invés de asfalto e dá para se desenvolver uma velocidade muito boa. Transito??? Nenhum, uma vez ou outra é que cruzamos um um carro ou caminhão, praticamente esta deserta a estrada.
Mas a paisagem….. Horrivel, tudo queimado, tudo preto, só carvão pra todo lado. Onde não é carvão é pasto. Só aqui bem mais próximo a San Jose de Chiquitos é que a paisagem começou a mudar a aparecer uns morros e umas curvas, pois até agora era só retão…
Depois de 200 km paramos para o Ferro colocar a gasolina dos galoes no tanque da XT pois apenas o tanque nào seria sufuciente para se chegar em Roboré.
Mais 50 km, Roboré…. Lugar feio e pobre, uma miséria total, e esse é o único lugar que vende gasolina e ainda por cima controlada pelo exército Boliviano. O posto é a céu aberto e a gasolina é abastecida em uma bomba manual instalada em um tanque de caminhão. Aproximadamente R$ 20,00 para encher o tanque da DR. Baratíssimo.
Lá conhecemos um Brasileiro de Sorocaba/SP, ele deixou tudo no Brasil e foi com a família para Roboré, montou lá uma fábrica de picolés com sabores brasileiros, a esposa fabrica os mesmos e ele sai vendendo pela ruas. Segundo ele não conseguiriamos chegar em Santa Cruz de la Siera que seria nosso destino do dia. Pois ainda faltariam 8 horas de estrada e já eram 14:00 hrs. Ele disse também que as condições da estrada está péssima devido as obras de construção da mesma.
Decidimos ficar em San José de Chiquitos, cidade muito pequena e mais pobre ainda, paramos na plaza central e fomos atrás de Hotel. Eu e o Ferro achamos um simples, mas bota simples nisso, hahahah. O quarto não tem janelas, somente uma grade e uma cortina, o banheiro do quarto que estou não tem porta, nem privada, nem lavatório, somente uma cama e uma ducha gelada, nem ventilador tem no quarto… E adivinha o que aconteceu quando fui tomar banho…. Não tinha água…. Hhahahahah Depois de alguém desligar o chuveiro em algum outro quarto a água veio pra minha ducha e consegui tomar banho. Decidi que naquele quarto não ficaria e consegui com muito custo que o “gerente “ do hotel me mudace de quarto. Agora estou em um melhorzinho, tem até TV…
Logo que fizemos o ingresso no hotel fomos abastecer as motos,pois os postos aqui fecham as 20:00 e só abrem as 8:00 e nossa idéia é se mandar daqui log bem cedo. Aqui só tem 2 postos e um não tinha gasolina, o Armando rapaz muito prestativo nos guiou até o segundo posto e mais uma surpresa, não vendem gasolina para Brasileiros, estavamos no meio do nada e sem gasolina. Mas em todo lugar existe uma alma boa….
O sargento do exercito Boliviano Bascope nos autorizou para que abastecessemos as motos em seu nome utilizando sua cota de combustível , ele muito interessado em tudo e perguntando muitas coisas sobre as motos e sobre a viagem. Em conversa com ele, o mesmo nos contou que esteve no Haiti com o Exercito Boliviano e conheceu muitos soldados do Exercito Brasileiros por lá e que os brasileiros sempre ajudavam os bolivianos em tudo, inclusive alimentação. E ele nos ajudando foi uma maneira que encontrou para retribuir o que recebeu no Haiti.
A noite fomos procurar algo para comer e acabamos comendo um lanchinho muito bom, regado a Coca-Cola e cerveja Pacenã.












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